Foi recentemente publicado um novo artigo cientifico com resultados do trabalho que tem sido levado a cabo pela SPEA no arquipélago das Berlengas. Este trabalho estimou o número de aves que são capturadas pela frota costeira e local que opera na Zona de Proteção Especial (ZPE) das Ilhas Berlengas. O maior número de capturas acidentais ocorreu no palangre fundeado, seguido do cerco e das redes de emalhar fundeadas. Neste estudo são também apresentados os resultados dos testes de diferentes medidas de mitigação - dispositivos que pretendem diminuir a captura das aves sem afetar negativamente a captura de peixe. A medida que apresentou maior sucesso foi o papagaio afugentador.
Aqui fica o nosso sincero agradecimento a todos os pescadores de Peniche envolvidos neste trabalho! Podem ler o artigo completo aqui.
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O contacto com a natureza é um escape fabuloso no tempo desafiante em que vivemos. A observação de aves/birdwatching é uma das atividades mais gratificantes que conheço. Esta obriga-nos a procurar e a identificar todos os “passarinhos” que por nós passam. Aprender os nomes, os sons, as idades e o comportamento das aves é um mundo que tanto tem de desafiante como de fascinante. Por vezes, há situações extremas que nos levam a olhar melhor para o que temos tão próximo e disponível. Afinal temos tanto para aprender ainda… Caminhem em segurança, levem os binóculos e o guia. Nós recomendamos!
No passado dia 4 de dezembro a SPEA organizou um webinar intitulado “Pesca com futuro: como valorizar uma pesca sustentável?”. Este evento abordou o papel que os programas de valorização de pescado podem ter no nosso país e os principais constrangimentos e desafios à sua implementação. Pretendeu-se promover a discussão sobre estes temas e incentivar a partilha de experiências e visões. Para além de ser apresentado o projeto Anzol+, foram abordados outros projetos como o “CABFishMan” e a "Lota Digital" e, ainda, variadas iniciativas da Docapesca.
No total participaram cerca de 80 pessoas incluindo alguns dos pescadores envolvidos no projeto anzol+. Este tipo de iniciativas é uma mais valia para aproximar a comunidade piscatória e os investigadores. Aproveitar o conhecimento prático dos pescadores para melhorar a gestão das pescas é evoluir no sentido de valorizar e preservar os recursos dos quais todos dependemos. Para quem não teve a oportunidade de assistir pode ver no seguinte link a gravação: https://vimeo.com/489098956 As câmaras de fotoarmadilhagem ajudam-nos a seguir de perto a época reprodutiva de algumas aves marinhas nas suas colónias de reprodução. Por vezes, surgem espécies muito incomuns que não saberíamos que ocorrem caso não fossem captadas pelas câmaras. A mais recente surpresa foi uma freira (ave marinha) que visitou a colónia de cagarras no Farilhão Grande em meados de junho. Poderá ser um imaturo curioso que veio apenas explorar um território desconhecido. É muito difícil identificar a espécie devido à elevada semelhança entre a freira-do-bugio (Pterodroma deserta), a freira-da-madeira (Pterodroma madeira) ou mesmo a gon-gon (Pterodroma feae). As duas primeiras reproduzem-se apenas no arquipélago da Madeira e a última em Cabo Verde.
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